Para relembrar-me de uma velha rotina, ontem apanhei o 16. Como é meu hábito, decidi ir a pé e ceder lugar a quem, por norma, mais necessita. Muitas paragens após a minha, entrou uma senhora de cabelo grisalho, olhos azuis e cara miudinha. Apesar de a idade já lhe pesar nos ossos, a preciosa canadiana concedia o equilíbrio que insistia em fugir.
Sem perceber porquê, simpatizei com a senhora. Daí a desviar-me para que ela pudesse usufruir do melhor lugar que existe para quem vai a pé foi um instante. Sorri-lhe. Olhou para mim e agradeceu o meu sorriso. Fiquei ainda mais contente, até que ela profere as seguintes palavras:
- Sabe, sou parva.
Eu, curiosa, perguntei porque é que tinha dito aquilo. Ela continuou:
- Eu sei que estes dias são necessários, mas eu só gosto de sol.
Nesse momento, decidi intervir:
- Não se preocupe. Olhe, eu sou igual!
E eis que ela tem uma saída brilhante:
- Portanto, a menina também é parva.
Pois, parece que sim. Saí do autocarro a pensar nestas palavras. Tinha acabado de ser "insultada" e, incrivelmente, soube bem.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Pequenos insultos
14:10 | 3 Comentários
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Mas tu *és* parva! :D
A senhora falou bem. Hehe!
LOL! Muito bom. :P
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