Será errado projectar desejos, esperanças e expectativas na pessoa com quem estabelecemos uma relação? O que nos será permitido exigir? Nos últimos dias, segui de perto certos casos que me fizeram pensar nisto. Afinal de contas, e como o sábio Antoíne de Saint-Exupéry disse um dia, "tornas-te eternamente responsável por aquilo que cativas". E se formos bons a conquistar e não a manter uma relação? O que nos fará perder tudo aquilo que conquistamos? E se perdermos, seremos inteligentes e suficientemente merecedores de uma segunda oportunidade?
Também eu já estive numa situação muito semelhante e garanto-vos que se há algo que me tira do sério é a falta de consideração. Confesso que não sei lidar com a indiferença. É um sentimento que me causa angústia e simultaneamente irritação, pelo que tento a todo o custo ter importância para as pessoas. Após garantida esta primeira etapa, e estando agora perante uma relação de cariz indefinido, o que posso reivindicar?
Em qualquer relação, o que é obrigatório conceder à outra pessoa? Para mim, tudo passa pelo respeito. Esta é a base primordial que sustenta todas as ligações humanas a par de outros requisitos que permitem uma "dependência" mais ou menos intensa. Porém, a consideração, a admiração, o apreço, a cumplicidade e outros sentimentos semelhantes são o resultado de um ligação alimentada sobretudo pelo respeito. Tem de haver uma procura constante para que a outra pessoa se sinta relevante, especial e, se possível, única. Tentemos falhar menos, porque há perdas que custam. E mais penoso do que perder é nunca mais recuperar...
quarta-feira, 15 de julho de 2009
O que podemos exigir dos outros
01:32 | 1 Comentário
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antes de se falar no que nos é permitido exigir (ou sequer se podemos pedir/esperar o que quer que seja), podemos simplesmente colocar a pergunta "o que é que eu estou disposto a dar?"
E se a resposta for "tudo" mesmo assim não nos fica bem pedir ou esperar o que quer que seja.
But we do anyway...
e por uma série de razões. Geralmente porque é importante para nós e porque queremos continuar "a dar" e não o podemos fazer sem um minimo de "perceived responsiveness".
But nothing is assured and the world doesn't always spin the way we want it to.
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