Sinto-me cansada desta sociedade de desconfianças. Como me disseram um dia, todas as pessoas possuem segundas intenções sejam elas boas ou más. Sei que tal é verdade, mas intriga-me que se desconfie por tudo e por nada. É algo cansativo, deprimente e saturante. Achar que alguém vai falhar por alguma razão ou que não está a ser completamente verdadeiro connosco é uma coisa, agora ver más intenções em tudo é outra completamente diferente. Sou ingénua? Sou com toda a certeza.
Lembro-me de uma noite em particular em que tive uma conversa com um amigo sobre confiança. Discutíamos, já a horas tardias, se era melhor sermos reservados e, por conseguinte, não conceder grande margem de manobra para que ninguém se aproveitasse de nós. Se não baixarmos as guardas, o mais certo é nunca sairmos nem prejudicados nem magoados de qualquer situação. E convenhamos, se alguém estiver disposto a conquistar a nossa confiança fará de tudo para o conseguir, certo?
"Então, porque é que dás logo confiança à primeira?" perguntou-me com alguma curiosidade. Respondi-lhe que as desilusões fazem parte da vida. Não nos iludamos a pensar que alguém pode ser perfeito e não cometer erros. É por isso que eu confio, esperando de antemão que haja uma falha, um erro, um je ne sais quoi que me deixe sentida. Gosto de viver intensamente e quem gosta de viver assim sente mais os desgostos. São opções, como tudo o resto na vida, mas de algum modo isso faz-me crer que ao dar tudo de mim acabarei com todas aquelas perguntas que começam com um simples "E se...?".
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Trust
15:06 | 1 Comentário
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Amiga, você foi ao ponto certo da questão da confiança. É meu tema de tese de Doutorado e agradeço todas as contribuições. Confie e viva intensamente. É muito melhor sofrer por ter vivido do que sofrer por não viver tudo o que a vida permite e oferece a nós.
abraço
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