SOME DAYS ARE BIGGER THAN OTHERS

Volto em breve...
















terça-feira, 11 de novembro de 2008

Quando é que uma pessoa conhece outra?

Quando somos pequenos, é-nos dito que todos os colegas são nossos amigos. Somos desafiados a conviver e a criar relações com todos aqueles que cruzam o nosso caminho, mesmo sabendo que, muitos deles, irão seguir rumos diferentes. Aos poucos vamos crescendo e reparamos que o discurso foi mudando. Os que antes eram considerados amigos, agora são apenas conhecidos. Mas o que é que mudou? Começamos por perceber que um conhecido não é forçosamente um amigo. Um conhecido não pára para pensar se estás bem, não pensa em ti quando quer partilhar um momento, não corre para os teus braços quando precisa de desabafar. Por sua vez, um amigo é alguém que não precisa de te perguntar como estás para perceber o que sentes, é alguém que recorre ao olhar quando quer saber o que estás a pensar, é alguém que te dá um abraço sem que tenhas de o pedir. Um amigo interessa-se pela tua vida e gosta de fazer parte dela.

E quando passamos muito tempo longe destes amigos, eles passam a conhecidos? Quero acreditar que não. Eles continuam a fazer parte da nossa vida, só que agora é de um modo menos patente.Eles ainda conseguem ler o teu olhar, ouvir os teus pensamentos, roubar 5 minutos do seu precioso tempo só para mandar uma mensagem.

Com as novas tecnologias, nomeadamente com a Internet, as relações foram mudando. As pessoas sentem-se livres para falarem de si, para fantasiarem ou para assumirem uma nova identidade. A questão da veracidade revela-se cada vez mais pertinente. Será que tudo o que nos dizem é verdade? Será que devemos ser verdadeiros ao ponto de contar o dia-a-dia a alguém que só vimos duas vezes? Por isto e muito mais, é natural que tudo seja posto em causa. Como é que podemos afirmar, com a maior das convicções, que a pessoa que está do outro lado é nossa amiga? Será que essa pessoa conhece-nos realmente?

Chamem-me ingénua, mas eu acredito que há amizades que começam assim...


coraline disse...

Amizades e também amores. (Tu sabes). Acredita. :)



Opinião de Anónimo:

a afilhada é amiga da madrinha :D



Maria | NOSSA MESA disse...

Às vezes (muitas vezes ou apenas, algumas vezes) os kms e a vida criam distâncias que podem ser quebradas e vividas como se fossem algodão doce, que se vai desfazendo até ser nada. Nem sabor. Outras vezes (mais do que gostariamos), aquilo que se vive, se constrói e se começa a sonhar, acaba por criar um caminho diferente que nos tenta levar para longe do que tinhamos como mais vizinho.
Ainda que os olhares distantes possam não fazer cruzar amigos, acabam sempre por sentir a sua falta. Não poucas vezes, ou às vezes. Mas muitas vezes.

Serviu-me a carapuça. Beijinho Ragazza



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